Câncer de mama: é preciso conversar.

Cara companheira!


O câncer é um tema difícil de ser conversado, mas é justamente a troca de informações que torna a prevenção e o tratamento efetivos e nos ajuda a esclarecer mitos e verdades, fortalecendo o enfrentamento da doença.
Um a cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto no início, mas o receio das pessoas, por medo ou desconhecimento, atrasam o diagnóstico e também o tratamento. Assim como cada mulher, seus seios são únicos!


O que é o câncer de mama?


É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama, alguns se desenvolvem rapidamente e outros não. Quando o diagnóstico é prematuro a resposta ao tratamento, na maioria dos casos é positiva.
Depois do câncer de pele, o câncer de mama é o mais comum no Brasil e também é o responsável pela maioria das mortes de mulheres com algum tipo de câncer. Homens também podem ter a doença, mas são casos raros, apenas 1% dos casos.

O que causa o câncer de mama?


Diversos são os fatores relacionados ao surgimento da câncer de mama, ser mulher e envelhecer são os principais fatores que aumentam o risco.

Fatores de Risco
Comportamento
- obesidade e sobrepeso, principalmente após a meno pausa.
- sedentarismo (não fazer exercícios)
- consumo de bebida alcoólica
- Exposição frequentes a radiações ionizantes (Raio-X)
Hormonais
- Primeira menstruação antes dos 12 anos
- Não ter tido filhos
- Primeira gravidez após os 30 anos
- Não ter amamentado
- Parar de menstruar após os 55 anos (menopausa)
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
* a amamentação é considerada um fator de proteção contra o câncer de mama.
Genéticos
- Histótico familiar de câncer de mama e ovário, principalmente de primeiro grau antes dos 50 anos
- alteração genética
* A mulher que possui os fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.
É possível reduzir o risco de câncer de mama?
Sim! Mas as companheiras e seus entes queridos devem ficar atentos aos fatores de risco apresentados acima.

Terapia de Reposição Hormonal

A Terapia de Reposição Hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, aumenta o risco do câncer de mama. O risco elevado de desenvolver a doença diminui progressivamente após a suspensão da TRH.

A TRH é o uso de hormônios para aliviar os sintomas da menopausa, fase em que os ovários deixam de produzir estrogênio e progesterona.

Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?

Caroço (nódulo), geralmente indolor;
Alterações no bico do peito (mamilo);
Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
Saída de líquido anormal das mamas.

Essas alterações precisam ser examinadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama.
Como perceber os sinais e os sintomas da doença?
A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Olhe, palpe e sinta suas mamas no dia a dia para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas.
Em caso de alterações persistentes, procure o Posto de Saúde ou um médico.
Além de estarem atentas ao próprio corpo, é recomendado que as mulheres façam exames de rotina.

Mamografia

É uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento de raios X chamado mamógrafo, capaz de visualizar alterações suspeitas.
Exame clínico das mamas é a observação e palpação das mamas por um médico ou enfermeiro.
Quem deve fazer mamografia de rastreamento?

É recomendado que Mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade.
Benefícios
Encontrar um câncer no início e ter um tratamento menos agressivo.
Menor chance de morrer por câncer de mama, em função do tratamento precoce.
Riscos
Resultados incorretos

Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.

Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.

Ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,) quimioterapia e radioterapia,
de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer
de mama.

Exposição aos Raios X (raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição).
Por que a mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres com menos de 50 anos?

Antes dessa idade as mamas são mais firmes e com menos gordura (densas), o que torna o exame limitado para identificar as alterações, gerando muitos resultados incorretos.
E as mulheres com 70 anos ou mais?

Nesta faixa etária é maior o risco de revelar um tipo de câncer de mama que não causaria prejuízos à mulher.
Em mulheres fora da faixa etária de 50 a 69 anos as mamografias de rotina
provavelmente não trarão benefício, e os riscos serão ainda maiores.
Mulher com risco elevado para câncer de mama
É recomendado que as mulheres conversem com o médico para avaliação do risco e a conduta a ser seguida.
A mamografia e o exame clínico das mamas identificam alterações suspeitas, mas a confirmação de câncer de mama é feita em laboratório pelo exame histopatológico, que analisa uma pequena parte retirada da lesão (biópsia).
O acesso à investigação diagnóstica das alterações suspeitas da mama, de modo ágil e com qualidade, é um direito da mulher.
Os serviços de saúde devem priorizar a consulta das mulheres com nódulo ou outras alterações suspeitas da mama. A rapidez da avaliação facilita a detecção precoce da doença.
Disque Saúde: 136