O endividamento excessivo pode trazer sérias consequências financeiras e, até mesmo, morais.

Como consequências financeiras, podemos citar: perda de patrimônio, comprometimento da renda com pagamento de juros e multas, redução do consumo futuro etc. Se a dívida virar inadimplência, o indivíduo pode ter seu nome inscrito em cadastros de restrição ao crédito, como Serasa ou Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). No caso de quem emitiu cheques sem provisão de fundos, o nome vai para o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF).

Uma pessoa com elevado grau de endividamento acaba, em geral, comprometendo sua qualidade de vida e de sua família, muitas vezes desestruturando o núcleo familiar.

Tomar os cuidados para não cair no endividamento pode evitar esses dissabores. Porém, se o superendividamento já é uma realidade, a opção é buscar alternativas para sair dele.

COMO SAIR DAS DÍVIDAS

Se já estivermos em uma situação de superendividamento, é preciso tomar atitudes que podem parecer um pouco desagradáveis, mas que têm o potencial de devolver a tranquilidade financeira e psicológica perdida.

TOMAR CONSCIÊNCIA DA SITUAÇÃO – Ter clareza da condição em que você se encontra e de que é preciso resolvê-la é fundamental para a resolução do endividamento. Nesse momento, não nos conformamos com a situação incômoda das dívidas e sentimos a clara necessidade de buscar uma saída.

MAPEAR AS DÍVIDAS - Conheça o real tamanho do problema mapeando detalhadamente as informações importantes: valores das dívidas, prazos para pagamento, taxas de juros que está pagando etc. A posse de todas as informações torna mais fácil a busca de alternativas para uma saída.

COMPARTILHAR AS DIFICULDADES COM QUEM JÁ PASSOU POR SITUAÇÕES SEMELHANTES – Converse com quem vivenciou situação de endividamento e que possa ajudar nesse processo de saída. 

NÃO FAZER NOVAS DÍVIDAS - Esse é o momento de reorganização da vida financeira, e fazer dívidas nessa hora é realimentar um ciclo negativo. Não fazer novas dívidas é uma prioridade, um desafio a ser vencido por quem quer sair do endividamento.

RENEGOCIAR AS DÍVIDAS - Procure trocar dívidas que pagam juros elevados por dívidas com juros menores. Negociar os prazos também pode ajudar na reorganização financeira do endividado.

REDUZIR GASTOS – Para isso, é preciso refletir sobre os três tipos de gastos que temos.

1) Necessários: são os gastos considerados imprescindíveis, ligados às necessidades. Exemplos: alimentação, moradia e vestuário.

2) Supérfluos: são os gastos que geram bem-estar e estão ligados mais aos desejos que às necessidades. Exemplos: restaurantes, TV a cabo e roupas de marca.

3) Desperdícios: são os gastos que não geram bem-estar nem estão ligados às necessidades ou aos desejos. Exemplos: multas, pagar por algo e não usar, esquecer luz acesa ou a torneira aberta.

Uma vez definidas as despesas que se encaixam em cada uma dessas áreas, chega o momento de decidir o que fazer. (ver imagem que acompanha esse post)

GERAR RENDA EXTRA - Muitas vezes nosso orçamento já está no limite suportável e, ainda assim, encontra-se deficitário. Além de minimizar os gastos, podemos avaliar alternativas para ampliar a renda. Procure identificar áreas e serviços em que tenha habilidades. Muitas opções podem proporcionar uma boa renda extra: colocar em prática dons artísticos ou dons culinários, fazer horas extras etc. Tudo isso pode ajudar a sair do endividamento e, quem sabe, até se tornar uma nova opção de vida.

BUSCAR AJUDA – A busca de ajuda, quer por meio de leitura, quer por consultoria, quer por órgãos de defesa do consumidor, é uma opção válida e muito eficaz para a saída do endividamento. É claro que, preferencialmente, essa ajuda não deve ter custo algum.

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Fonte: Banco Central do Brasil