Pesquisa Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) realizada entre os dias 14 e 18 de maio de 2015 com 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, em 141 municípios, aponta que os veículos de comunicação podem ter culpa no sentimento de pessimismo dos brasileiros: 41% acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que o próprio entrevistado percebe no seu dia a dia, contra 28% que discordam dessa posição.
Os entrevistados também foram questionados quanto às áreas nas quais o Brasil tem os maiores problemas. A saúde aparece em primeiro lugar, quando somadas às três principais menções dos entrevistados, com 61% das citações. Na sequência estão segurança/violência (37%), drogas (35%), educação (34%) e combate à corrupção (27%).
A maioria dos entrevistados não sabe qual é o atual índice de inflação no país. Ao serem questionados, 35% declaram que não sabem ou preferem não responder, cerca de dois entrevistados em cada 10 (19%) dizem que é maior do que 12%, essa mesma proporção (18%) afirmam que o índice está entre 9% e 12% e 4% mencionam que a inflação é menor que 4%. Um quarto dos brasileiros (25%) cita que o índice está entre 4% e 8%.
Boa parte dos brasileiros (43%) acha ainda que a inflação atual é maior do que era no governo de Fernando Henrique Cardoso, contra apenas 22% que pensam o contrário. No fim de 2002, último ano de FHC na presidência, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi de 12,5%.
A maioria dos brasileiros também desconhece a atual taxa de desemprego do país, que foi de 6,4% em abril. Apenas 15% dos entrevistados citam que o desemprego está entre 4% e 8%, enquanto 27% dizem que é maior do que 12%, dois em cada 10 entrevistados (20%) mencionam que está entre 9% e 12% e apenas 3% dizem ser menor do que 4%. Há ainda 35% que não sabem ou preferem não responder.
Segundo o diretor Nacional de Comunicação da Nova Central, Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), estes resultados do levantamento do Ibope só fortalece a tese de que de fato a cultura da mídia reproduz as lutas e os discursos sociais existentes, expressa os medos e os sofrimentos da gente comum, ao mesmo tempo, que fornece material para a formação de identidades e dá sentido ao mundo.
“O bombardeio diário de notícias negativas contra o Governo Federal faz com que a desesperança começa a tomar conta da população que faz uma leitura crítica das soluções apresentadas tanto, pelo governo como pela oposição. Vivemos um momento crítico, avassalado pelo crime, pela corrupção e pela inércia do Governo Federal e Congresso Nacional em tomar atitudes coerentes, que possam reverter à conjuntura adversa e perversa posta para os trabalhadores (as) do País”, afirmou.
Disse que somente uma reestruturação social radical pode resolver os problemas políticos e econômicos do Brasil. E que compreender a situação política atual, dos pontos fortes e vulneráveis das forças políticas em disputa, bem como das esperanças e dos temores da população é um desafio a ser trilhado pelo movimento sindical.
fonte: Nova Central Sindical de Trabalhadores