A população negra é composta de pretos e pardos, e tem uma presença marcante no Brasil, representa cerca de 45% da população brasileira – segundo os dados do Censo Demográfico 2000 do IBGE. No entanto, este segmento é alvo de grande discriminação racial, situação esta, que a Nova Central enfrentará firme para acabar.
No Brasil, durante parte do século XX, foi propagada a ideia de que a sociedade brasileira vivia uma situação de paraíso ou democracia racial, sem que nela fossem observados grandes conflitos raciais e discriminação como aconteciam em outras nações. Esta concepção, embora confortável, não se efetivava na realidade.
O presidente Nacional da Nova Central, Sr. José Calixto Ramos, aponta a falta de políticas para incorporação dos ex-escravos ao mercado de trabalho assalariado e a dificuldade de acesso aos serviços de educação e saúde, como responsáveis diretas, que colocaram esta população à margem dos progressos da sociedade brasileira, contribuindo para as origens da pobreza e da desigualdade enfrentadas pelos negros.
“Apoiaremos todas as ações e lutas contra a desigualdade no mundo do trabalho, das negociações coletivas no que se refere às questões de gênero e raça, e de algumas políticas de ações afirmativas em relação ao tema. Acreditamos que o Estado Social, Democrático de Direito não pode, de forma alguma, compartilhar com uma estrutura social distributiva que provoca tamanhas desigualdades”, garante.
Cita que estudos do DIEESE mostram que os indicadores de desigualdade e as discriminações vividas pelos negros no Brasil: incide na maior proporção de negros entre os 10% das famílias de menor renda, menos anos de estudos em comparação com a população não negra, maior taxa de mortalidade por assassinato.
“Mesmo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ainda as denominadas minorias enfrentam discriminações sociais. No mercado de trabalho, essa segregação se expressa com clareza através dos indicadores desfavoráveis de emprego, rendimento e qualidade da ocupação”, relata.
Diz também que engajamento mais desfavorável no mercado de trabalho está relacionado com a “baixa escolaridade dos negros”, expresso pela dificuldade de acesso à educação e pela maior “incidência” da pobreza. “Estes são fatores objetivos e que hierarquizam as diferenças naturais entre trabalhadores e, no caso do Brasil, colocam os negros em desvantagem em relação ao restante da população”, finaliza.
fonte: NCST