Trinta e um por cento das internações hospitalares são realizadas em entidades filantrópicas, é o que aponta o estudo feito pela DOM Strategy Partner. Em Catanduva, interior paulista, a Fundação Padre Albino é responsável pelo atendimento de usuários do SUS e, no final de setembro, participará de ações, em Brasília, contra a redução de isenções fiscais.
A pesquisa“A contrapartida do setor filantrópico para o Brasil”, encomendada pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas, revela a dependência do governo em relação às instituições filantrópicas que oferecem serviços de saúde, educação e assistência social. Os 1.393 hospitais são responsáveis por 31% das internações realizadas no país em 2015. Já na assistência social, a estimativa é de que as instituições isentas respondam por 62,7% de todas as vagas da rede socioassistencial.
Na análise individual de cada área, a maior contrapartida da isenção fiscal no setor é estimada para a saúde – retorno de 7,35 reais para cada 1 real em isenção tributária. O relatório afirma que a cada 100 reais que um hospital filantrópico deixa de pagar em impostos, investe 735 reais no atendimento à população.
O estudo comprova que retirar a isenção tributária do setor filantrópico não resolverá o desequilíbrio das contas públicas no Brasil, ao contrário, as filantrópicas dão contrapartida benéfica em serviços, com os quais devolvem o dinheiro público à sociedade. A pesquisa se baseou em dados da Previdência Social, Receita Federal e dos Ministérios da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e está restrita às 8.695 entidades filantrópicas que possuem Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Cebas), que as isenta da obrigação de recolher a contribuição de 20% sobre a folha de pagamento à Previdência.
Fonte: Jornal O Regional