No Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças convidamos você a refletir sobre essa realidade que, sustentada por desigualdades sociais, econômicas e de gênero, atinge milhares de pessoas em todo o mundo.

No Brasil, a vulnerabilidade social é um dos principais fatores que contribui para essas práticas. O Painel de Dados e o Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas indica que as condições socioeconômicas precárias são o principal fator de risco para as vítimas. 

Além da pobreza extrema, o trabalho informal e a desigualdade racial aparecem como agravantes. Até o primeiro semestre de 2025, 39,3 milhões de trabalhadores atuam sem carteira assinada, sem proteção social ou direitos trabalhistas básicos.

A falta de oportunidades, o desemprego e o trabalho precarizado e informal empurram mulheres e jovens para situações de risco, muitas vezes como única alternativa de sobrevivência. Quando não há acesso ao trabalho digno, seguro e protegido, crescem as chances de que pessoas sejam aliciadas ou exploradas em contextos abusivos.

O movimento sindical tem o papel de lutar contra todas as formas de exploração e reforça a necessidade da atuação na defesa de condições de trabalho justas, incluindo a exigência de políticas públicas que garantam emprego formal, renda e proteção social. É parte do nosso trabalho combater também as estruturas que sustentam a exploração sexual e o tráfico de pessoas.

Reforçamos o compromisso com a defesa da dignidade humana e da construção de uma sociedade em que mulheres, crianças e adolescentes possam viver livres da exploração e com seus direitos assegurados.

Atente-se! Esta é uma luta de todos. Se você presenciar ou estiver em uma situação como esta, denuncie pelo Disque 100.