A mulher de Alfenas (MG) esfaqueada pelo companheiro por ciúmes.
A professora de Jacareí (SP) que precisou fingir estar morta para que o marido parasse de agredi-la.
A juíza do Rio de Janeiro (RJ) assassinada a facadas pelo ex-marido, diante dos filhos.
A procuradora de Registro (SP), covardemente agredida por um colega na prefeitura.
Estes são apenas quatro dos milhares de casos de feminicídio ocorridos em 2022 no Brasil. Tendo como base os dados do ano passado, uma mulher é agredida a cada cinco horas, e uma morre a cada 24 horas no país. Na maior parte dos casos, o criminoso é companheiro da vítima (em 65% dos casos de morte e em 64% dos casos de agressão). Além disso, em 2021 houve 56.098 estupros, um crescimento de 3,7% em comparação com o ano anterior.
Contra uma realidade que permanece inaceitável, precisamos exigir punições exemplares e buscar conscientizar quem faz parte do nosso círculo de convívio. O enfrentamento começa no combate ao machismo estrutural, por exemplo orientando um filho que replica uma piada que menospreza as mulheres, e deve se espalhar entre vizinhos, parentes e colegas de trabalho.
E se você conhece alguma vítima de violência doméstica, dê apoio e orientação. Explique a ela sobre como fazer denúncia anônima e solicitar medidas protetivas. Ensine-a a pedir socorro de forma discreta, por meio de bilhetes ou telefonemas para a polícia. E se necessário, denuncie situações em que a vítima demonstra insegurança quanto a como agir.
Que neste 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, possamos ir além de expressar nossa solidariedade às vítimas. Precisamos agir com firmeza, refletindo sobre nosso comportamento, ensinando quem demonstra machismo, orientando quem corre riscos e denunciando quem comete ou está prestes a cometer um crime. Cada ação faz diferença em busca de um mundo sem diferenças.